Nova direcção do STAAE ZN imprime uma nova dinâmica

03-12-2020

"... Primeiro caso a ser confirmado é de um médico de 60 anos, internado no Centro Hospitalar Universitário do Porto (Santo António), que esteve de férias no norte de Itália e que sentiu os primeiros sintomas a 29 de fevereiro."
In Diário de Notícias
02/03/2020

O choque, a inquietação, o sentimento profundo de vulnerabilidade, tudo isto assumiu uma intensidade que nos esmagou. As crises, os tempos controversos, os momentos de espanto, as situações de perplexidade coletiva, as vontades de agir têm mil lados... Afinal, tudo o que é incompatível com o que a pandemia nos sugere, quando é necessário salvaguardar a vida, reorganizar a economia, fortalecer a sociedade, reconstituir relações, provocou-nos uma sensação de instabilidade, ansiedade, falta de controlo, produziu-
se vulnerabilidades.
Já não se fala noutra coisa e temos a sensação de que o coronavírus pode estar em todo o
lado: em todas as pessoas, objetos ou superfícies. Estamos apreensivos em relação ao futuro, dado à imprevisibilidade da evolução de uma doença nova.
O estado de emergência, os planos de contingência e as medidas de isolamento alteraram as nossas vidas e exigemnos uma capacidade de adaptação rápida para mantermos, dentro do possível, as nossas rotinas habituais.

A ANSIEDADE, A PREOCUPAÇÃO E O MEDO PODEM SER MAIS CONTAGIOSOS DO QUE O VÍRUS e podem ter consequências drásticas na nossa saúde mental.
Aos mais pequenos, o confinamento trouxe-lhes uma quebra grande do seu rendimento escolar e no seu desenvolvimento emocional/social.
Os adolescentes, muitas vezes tímidos, inseguros, com algumas dificuldades de afirmação entre os pares aproveitaram o distanciamento social para se sentirem mais seguros, dentro da sua zona de conforto habitual.

Outros alunos, desencontraram-se com a escola e agravaram as dificuldades escolares anteriormente já sentidas.
Hoje, a escola é cheia de solavancos e a grande preocupação serão os custos destes tempos que estão a trazer muitas limitações à forma como as crianças e jovens conquistam muitos conhecimentos, os constrangimentos na forma como eles precisam de viver o espaço da escola e as relações que esta lhes traz.
A escola não está doente, mostra-se cheia de vontades, pelo lado de quem a dirige e, sobretudo, pela dedicação dos professores e de todos os trabalhadores não docentes, que se têm mostrado absolutamente resilientes, capazes e criativos em momentos tão difíceis e por vezes tão solitários. Será que depois de vencida a guerra contra o vírus, "todos" concluam que, afinal, ficou tudo bem e que a escola não ficou com sequelas
pandémicas?
A pandemia COVID-19 exigiu e exige de todos nós uma grande capacidade de adaptação. Os seus efeitos colaterais são igualmente devastadores - o desemprego, a perda de rendimentos ou a deterioração das condições de vida. Esta crise global gera insegurança, medo e ansiedade acerca do presente e do futuro, podendo agravar ou conduzir a
dificuldades e problemas de Saúde Psicológica (como a depressão, a ansiedade ou o
stresse).
A Escola representa um dos contextos com maior potencial para prevenir e promover a Saúde Física e Mental/Psicológica das crianças e jovens - enquanto fundamento da personalidade saudável e da cidadania ativa.

Deste modo, a prioridade deve ser responder às necessidades de aprendizagem social e emocional das crianças e jovens, bem como às necessidades de Saúde Psicológica e bem-estar de toda a comunidade educativa.
O impacto do vírus e da pandemia continua a depender também do comportamento de
cada um de nós. Por isso, continuamos a precisar de ser pacientes e resilientes, capazes de nos adaptarmos constantemente.
Quando queremos um regresso a um "normal" - que nunca ninguém definiu num conceito concreto - e que é a palavra que mais exprime a "vontade" que paira sobre o mundo que desabou com a pandemia e que não pode perdurar para pensarmos um futuro que está por construir.
Apesar do cansaço, é altura de redobrar esforços para combater o vírus. Os nossos comportamentos são cruciais e todos contamos para conter a sua propagação.
É importante continuar a fazer a nossa vida, procurar atividades que aumentem o nosso bemestar e, simultaneamente, minimizar o risco em todas as situações em que nos encontremos.
CONTINUAMOS A SER PARTE DA SOLUÇÃO PARA ESTE DESAFIO.
Estamos juntos!
Rita Nogueira
Presidente do STAAE-ZN

Sindicato dos Técnicos Superiores Assistentes e Auxiliares de Educação da Zona Norte
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